Os transtornos do espectro autista são quadros clínicos nos quais as pessoas têm dificuldade em desenvolver relacionamentos sociais normais, usam linguagem de maneira anormal ou não a usam em absoluto e apresentam comportamentos restritos ou repetitivos.
» As pessoas afetadas têm dificuldades para se comunicar e se relacionar com terceiros.
» As pessoas com transtornos do espectro autista também têm padrões de comportamento, interesses e/ou atividades restritas e com frequência seguem rotinas rígidas.
» O diagnóstico é feito com base na observação, relatos dos pais e outros cuidadores, e testes de triagem padronizados específicos para o autismo.
» A maioria das pessoas responde melhor a intervenções comportamentais altamente estruturadas.
Os transtornos do espectro autista (TEAs) são transtornos do neurodesenvolvimento.
Os transtornos do espectro autista (TEAs) são considerados um espectro de transtornos, porque as manifestações variam amplamente em tipo e gravidade. Anteriormente, os TEAs eram classificados como autismo clássico, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, transtorno desintegrativo da infância e transtorno generalizado do desenvolvimento não especificado. Contudo, os médicos atualmente não usam essa terminologia e consideram todos esses como TEAs (exceto para a síndrome de Rett, que é um distúrbio genético distinto). Os TEAs são diferentes da deficiência intelectual, ainda que muitas crianças com TEAs tenham ambas as coisas. O sistema de classificação enfatiza que, dentro desse amplo espectro, diferentes características podem ocorrer de maneira mais ou menos intensa em um dado indivíduo.
As causas específicas dos transtornos do espectro autista não são completamente compreendidas, embora elas frequentemente estejam relacionadas a fatores genéticos. No caso de pais com um filho com um TEA, o risco de ter outro filho com um TEA é 50 a 100 vezes maior. Diversas anomalias genéticas, como a síndrome do X frágil e o complexo da esclerose tuberosa e a síndrome de Down , podem estar associados a um TEA. Infecções pré-natais, como infecções virais como a rubéola ou o citomegalovírus , também podem ter alguma participação. No entanto, está claro que os TEAs não são causados por má educação, condições adversas da infância ou por vacinação.